quarta-feira, 8 de abril de 2009

delírios febris

Quando se adoece, e se é forçado a passar uns dias em casa, entre o sofá e a cama.

Esses dias que se dorme, tem-se febre e nos intervalos vê-se televisão, às vezes têm-se conclusões.

Porque é que gostará de filmes de terror?

Desde muito cedo, que se recorda de gostar de filmes de terror. Por volta dos 8 anos um dos seus filmes preferidos foi o 'Mausóleu', viu todos os 'F. Krueger', os 'Halloweens', etc... o Pai sempre disse que o sangue era doce de morango ou sumo de tomate, as teias de aranha eram algodão doce, experienciou a adrenalina, os saltos na cadeira, um ou outro pesadelo, mas queria sempre ver mais.


As amigas, o namorado, de tempos em tempos lá tinham de ceder e deixá-la escolher o filme, e sempre que a escolha era dela já sabiam para que sala iam.

Ela adorava o suspense, a música antes do susto, todos os efeitos especiais associados; era algo de que se gabava, como se gostar de filmes de terror demonstrassem que era 'dura'.

Hoje assim do nada, apercebeu-se de outro motivo que a atrai neste género cinematográfico.

Num filme de terror o vilão, é cruel, um louco enraivecido, é mau, ponto!

A única surpresa é o momento em que sai detrás da porta.


Seja a faca, a luva de garras ou a serra eléctrica, etc... Quem se cruzar com tal figura evita-a, não há dúvidas.



Essa facilidade é reconfortante, existe o branco e o preto em campos bem definidos. Quem o procura, escolhe o lado certo, sem qualquer dúvida.


Na vida real não é tão simples, reconhecer o Mal...

...nem o bem.

Por mais que se esfregue a vista, pisque os olhos, continua tudo cinzento...

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